Assim como eu vocês já devem ter escutado a frase ''fulano não morreu porque não era sua hora'' essa frase me intrigou e eu vinha pensando ''e quando é a hora?'' Logo imaginei Deus anunciando aos céus um nascimento de uma nova pessoa e em que idade ela morreria, achei que esse era um bom começo pára uma história, imaginei várias vezes como a história deveria ser contada mas nada escrevi, um dia vi num blog um ótimo poema e como eu não escrevia um novo poema há um bom tempo fiquei com certa dor de cotovelo. No dia seguinte quando cheguei em casa após conversar com minha terapeuta comecei do nada a escrever essa história com rimas gostei do resultado da primeira página e impûs um desafio a mim mesmo: contar a história com rimas do início ao fim, na terceira folha eu me empolguei e quando eu vi estava pronto, foi algo caótico, difícil de explicar racionalmente mas abaixo lhes contarei a inspiração e a minha impressão sobre os personagens centrais.
Caio
A inspiração para a criação de Caio foi a minha própria personalidade e outras caracteristicas que eu já desejei ter em outros tempos ele tem caracteristicas que eu bem que gostaria de ter e outras que eu tenho e detesto, eu sempre pensei nele como um garoto mimado que conseguiu tudo que queria na sua infância mas quando se tornou adolescente e veio a primeira decepção ele não pode aceitar-la naturalmente e então ao longo da vida usa e manipula outras mulheres como forma de vingança pela decepção que sofreu, acho que ele sabe como isso é cruel mas por ele no fundo achar que não é merecedor de coisas boas não tem escrúpulo em faze-lo.
Cláudia
A inspiração para Cláudia foi a Maria Lúcia da música Faroeste Caboclo da Legião Urbana assim como as ações de Maria Lúcia afetam São João de Santo Cristo as ações de Claúdia afetam diretamente a Caio, resumindo é ela que dá impulso a história e as suas reviravoltas, inicialmente pra mim ela representava ''apenas'' isso mas conforme fui escrevendo a história pasei a achar-la fascinante por ela representar a transitoriedade e as mutações da vida, inicialmente ele surge para Caio como sua primeira (e única) de decepção, no ano de sua morte aparece como sua salvadora e nos ultimos minutos representa a esperança de viver um amor. Acredito que ela amou Caio, a sua maneira
O contador
Quanto a esse personagem lhes garanto: não sei de onde ele veio. Quando comecei a escrever o poema sobre Caio achei que ficar julgando os atos dos seres humanos seria algo pequeno demais para um Deus fazer daí criei o Contador pra fazer isso. E esse é o personagem de que eu mais me orgulho, pois já devem ter lido muitas histórias sobre anjo e demônios mas poucas sobre um contador celestial. No poema de Caio ele é chamado apenas de contador mas eu já sei algumas coisas interessantes sobre ele...como eu disse Caio abriu várias portas, o contador foi uma delas, agora é só aguardar o que mais minha imaginação pode criar.
