sábado, 6 de outubro de 2012

Pelo direito de sermos nos mesmos


Desde que nascemos as propagandas de TV e a mídia nos induzem a crer que somos livres pra fazer o que quisermos e sermos o que quisermos mas na prática tamanha liberdade é inexistente quando somos crianças nossos pais nos induzem a ter a mesma religião que eles, o mesmo time de futebol, etc e tal, a influência de nossos pais na nossa formação moral é natural afinal na infância é preciso ter alguém que nos diga o que é certo e o que é errado o problema está quando acontece de os pais doutrinarem os seus filhos de tal forma que não sobre espaço pra eles formarem sua própria opinião quando crescerem.

Quando conseguimos nos tornar independente dos nossos pais nos deparamos com as imposições da sociedade, a sociedade nos diz que somos livres pra escolher o que quisermos ser mas exerce uma enorme pressão pra sermos do jeito que ela quer que sejamos, na adolescência temos que pensar sempre em sexo ou somos considerados anormais, temos que usar as roupas que estão na moda e temos que ser magros pra que essas roupas caibam em nós, temos que acreditar em Deus ou somos considerados imorais, se uma pessoa é homo afetiva tem que ocultar isso pra não ser rejeitada e/ou espancada , no Brasil se emitirmos nossa opinião podemos ser processados, que tipo de liberdade é essa afinal? Eu penso da seguinte forma: se uma pessoa faz algo que não prejudica ninguém além dela mesma ela deve ser deixada em paz creio que apenas quando suas atitudes prejudicam outras pessoas é que essas atitudes merecem ser reprimidas. Como diz o ditado nosso direito acaba quando começa o do outro.



 

Um comentário:

  1. Muito legal! Ontem mesmo tive uma conversa com um amigo sobre o mesmo prisma.
    Uma das vias é: somos programados a atuar em diversos papéis por conta desse "ar" de expectativas que sentimos no meio social. Isso nos traz enorme angústia e confusão interna, pOdendo até se tornar uma espécie de bomba-relógio para certas pessoas.
    A outra via é: ao mesmo tempo que sentimo-nos aprisionados dentro destes papéis, cultivamos também, em relação aos outros, as mesmas expectativas.
    Esperamos que eles nos satisfaçam, que eles nos entertrenham, que eles se posicionem de formas específicas, e quase nunca valorizamos as pessoas por serem autênticas.
    Autenticidade é sinônimo de anormalidade, de perversidade.

    E essas "programações" culturais estão tão bem inseridas e tão bem camufladas em nós, que raramente nos damos conta delas. Seguimos agindo conforme fomos programados pelos nossos pais, pelos nossos amigos, nossos professores... e futuramente, por nossos chefes, nossos colegas de trabalho e etc.

    Nossa sociedade não é uma sociedade de valorização da individualidade. E sim da valorização de máscaras.

    Meu querido, novamente é um prazer vir aqui. Acredito que temos muitos pensamentos em comum e acho que isso poderia ser trabalhado.
    Podemos trocar umas idéias mais aprofundadas por email. Que achas?
    O meu é: jaina.primo@hotmail.com
    Se puder, manda um oi. Vamos construir uma atividade de pensamento?
    Abraços,
    Jaina.

    ResponderExcluir