sábado, 1 de junho de 2013

O direito de questionar



Atualmente o que não falta no Brasil são pessoas buscando seus ''direitos''. Os evangélicos reivindicam seus direitos, os homossexuais reivindicam seus direitos, as mulheres reivindicam seus direitos...isso é algo positivo, cada vez mais pessoas dizem o que pensam e o que são sem temer a rejeição de outras pessoas mas também revela um traço nada lisonjeiro do nosso caráter: o egoísmo. Os evangélicos só se importam com os evangélicos, os ateus só se importam com os ateus, os homossexuais só se importam com os homossexuais, as mulheres só se importam com as mulheres cada um só está interessado onde lhe aperta o próprio sapato. Lógico que cada um pode e deve reivindicar seus direitos, não é isso que me incomoda mas sim o fato de que atualmente ninguém parece se importar com os outros apenas com si mesmo ou com seu grupinho. Os ateus não se colocam na posição dos evangélicos, os evangélicos não se colocam na posição dos homossexuais e por ai vai.

Eu como ateu pessoalmente não gosto quando os pastores pedem a seus fiéis dízimos, tridizimos, me parecem que ele estão explorando seus fiéis. Mas como eu disse acima temos que mudar essa mentalidade, tão em moda hoje em dia, de só nos atermos ao nosso ponto de vista, temos que aprender a enxergar sob o ponto de vista de pessoas que pensam diferente de nós sem contudo precisarmos abrir mão da nossa própria opinião. Como ateu não gosto da cobrança de dízimos mas como pessoa racional não vejo problema algum nisso, os pastores não obrigam seus fiéis a pagarem o dizimo eles o dão porque querem (salvo alguns casos em que os pastores se excedem e pedem que famílias pobres deem a Igreja até aquilo que elas não tem).

A uns dois anos atrás a ATEA (Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos) moveu um processo contra o apresentador José Luiz Datena porque ele disse em seu programa, Brasil Urgente, que as pessoas matam e estupram porque ''não tem Deus no coração'', sem dúvida esse comentário foi infeliz e digno de reprovação mas processa-lo por causa disso? na minha opinião os ateus não deveriam processar alguém por ele dar a sua opinião, por mais idiota que essa opinião seja, porque dessa forma eles cometem o mesmo erro que os religiosos fanáticos, que eles tanto criticam, cometem.

Em algumas marchas LGBT (não em todas) os santos católicos são ridicularizados e por mais que eu simpatize com a luta dos homossexuais contra o preconceito e que eu seja ateu não consigo apoiar tal comportamento. E quanto as mulheres? como já escrevi aqui louvo a intenção da Lei Maria da Penha mas a acho incompleta e sexista por ela se ater apenas no direito das mulheres e não no direito de todos. E o que dizer dos pastores evangélicos que querem ser mais biólogos e psicólogos do que os biólogos e psicólogos? Sem comentários. Expus esses pensamentos para que você que está lendo isso, independente da sua religião ou orientação sexual reflita e pense consigo mesmo: ''não estou eu cometendo os mesmos erros que aponto nos outros?'' porque acredito que quanto maior o número de pessoas que fizerem essa pergunta a si mesmo menor será a intolerância em nosso país porque o que não falta no Brasil atualmente são pessoas fanáticas, com certezas, que se julgam donas da verdade e vejam só como estamos! se por acaso um dia você tiver a oportunidade de mostrar que não é igual a essas pessoas eu lhes dou um conselho: aproveite-a!

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